O motivo maior que nos levou até Granada foi o monumento de Alhambra...arquitetura e história fascinantes num dos lugares mais mágicos do mundo, quero crer. Então escolhemos ficar DENTRO do monumento e isto foi possível por que tem um hotel pequeno e aconchegante chamado “Hotel América” dentro das muralhas de Alhambra , romântico e muito bonito. Da janela de nosso quarto se avistava toda a cidade lá embaixo. Ficamos nos arredores e desfrutamos da floresta e dos caminhos que serpenteiam a montanha e as incríveis muralhas. Escolhemos desfrutar dessa atmosfera mágica, onde o barulho das águas dos milenares canais e fontes, engenhosamente trazidos de longe, nos seguiam por onde passávamos. Os antigos e nobres habitantes desta cidade fortificada transformaram o topo de uma montanha em um verdadeiro paraíso. Os palácios são de uma beleza indescritível e nos mostram como devem ter sido os tempos califares. As idas e vindas à cidade são um convite ao deleite. Nas manhãs e tardes, quando ao término da descida, adentra-se nas ruas encantadoras de Granada. Muito Jamón , vinho batatas enormes e recheadas fizeram nosso tour gastronômico. À noite vale muito um passeio à pé, descendo as bem iluminadas ladeiras de Alhambra e indo direção ao Albaicín (Bairro antigo e tradicional refugio dos povos ciganos) podemos contemplar em todos os lugares a majestosa visão de Alhambra que com sua iluminação impressionante mais parece um palácio de ouro a reluzir por toda a cidade. No Albaicin pode-se tomar uma taça de vinho e assistir a um show de flamenco numa cueva como a de “Los tarantos” . Imperdível também o Bairro de Sacromonte , mas o mais lindo de tudo e que tornou nossa ida a Granada inesquecível, foram as muralhas, as construções da Alhambra e o doce barulho de água corrente e das fontes que ficarão para sempre em nossos corações. A importância desta viagem se deve ao caráter histórico da cidade com sua memória tão rica e tão bem preservada. Para melhor compreender o que encontramos, relembramos de um fragmento da história local dando conta da conquista do reino de Granada pelos reis católicos, Isabel e Fernando. Eles expulsaram o rei Boabdil, o qual ficou muito triste por ter perdido o que chamava “paraíso terrestre”.
Diz a lenda que o monarca teria chorado diante de sua mãe enquanto se afastava de Granada e que esta lhe teria dito: “...Chora como uma mulher, o que não soubestes defender como um homem.” No caminho até a encosta granadina existe um ponto chamado “El suspiro Del Moro” (o suspiro do Mouro ) nome que se retirou da lenda, já que nesse ponto se pode observar toda a cidade e a Alhambra, onde se supõe que o monarca Boabdil parou para admirar o seu reino perdido, não podendo evitar o pranto...
Carlos Borges tem 53 anos, é arquiteto, artista plástico, musicista e amante da cultura espanhola especialmente da dança flamenca. Casado com a Sandra Marques, 54 anos, funcionária da Câmara dos Deputados , chef e gourmet, procura os sabores dos lugares por onde passa experimentando de tudo, além de amante das artes e da história...ambos descobriram a Espanha e também se apaixonaram pela história.
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Andrea L. Pires
Com Salto e Asas